sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Voce e aquilo que come!


Depois de 3 anos entre esparsa pesquisa, discussoes e brainstorms CARTAUMCANIBAL chega numa fase de seu desenvolvimento no encontro da estetica do que vira a ser o projeto no palco. Distancia-se do conceito inicial e encontra-se, alem de novos integrantes ao projeto, uma possibilidade de uma nova abordagem na construcao do trabalho. Coneccoes entre diferentes pessoas, de culturas e nacionalidades diferentes, CARTAUMCANIBAL, propoe o conceito de canibalismo dos TUPINAMBAS aplicado a um novo pensamento de construcao artistica. Comer para transformar, transformar um corpo numa ideia ou conceito, fazer o corpo desaparecer, sao as questoes e fundamentos que nos apontam uma estetica limpa, mas forte na sua apresentacao. O video postado acima, foi realizado entre 3 lugares/paises diferente. Holanda/Suecia/Brasil. A estetica clean, de cor branca, proposta por uma das integrantes do projeto entre conversas entre ela, eu ( Fabio Crazy ) e Inez Almeida, foi concretizada por Inez Almeida e Johannes ferm, Videomaker from Sweden, foi gravado em Estocolmo, apos fases de pesquisa entre Holanda e Brasil, foi editado por mim o Brasil na ultima fase decorrente do projeto. O projeto tem o apoio do Edital de Intercambio da Funarte e do Estúdio de Arte Cathalijn Wouters.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

DIGERINDO PENSAMENTO- Oficina O Corpo Antropofágico

... Depois de vários escritos, o processo afunilou-se numa direcção que tem características de clareza , complexidade performática - por exigir uma concentração tripla, entre cada um consigo próprio, seu corpo a incorporar as diferentes necessidades, os outros três, seus movimentos no espaço e tempo, e o jogo teórico da crítica á razão - para além da sua simplicidade conceitual, engajamento contra o desperdício da experiência , e o facto de ser na sua essência e essencialmente um RITUAL.

Apresentação no Galpão do Núcleo do Dirceu ,  22 abril 2013 ás 18h. A apresentação é resultado da oficina O Corpo Antropofágico e faz parte das atividades de contrapartida do Edital de Intercambio da Funarte, apoiadora dessa pesquisa.










DIGESTING THOUGH

... After many writings and scripts, the process straightened in a direction that has characteristics of clarity, performative complexity - because of demanding a triple concentration, between each one with himself, his body incorporating the different necessities, the others three people, their movements in the space and time, and the theoretical play of the criticism to the reason - besides that it's conceptual simplicity, commitment against the waste of the experience, and the fact of being in it's essence and essentially a RITUAL.

Presentation in the Galpão do Núcleo do Dirceu,
April 22nd, 2013 ás 18h

segunda-feira, 15 de abril de 2013

CARTAUMCANIBAL-Oficina O Corpo Antropofágico (Atividade de contrapartida do Edital de Intercâmbio da Funarte)

1- Primeiro escrito:

De como a Incorporação e a Transcendência se fizeram presentes na primeira experiência.


Primeira tarefa: Escrever uma carta para alguém expondo-lhe o desejo de o comer e descrevendo como o quer fazer. 5 cartas escritas onde, uma descrevia o dia e hora que chegaria para comer a quem ele queria, e descrição de ingredientes a serem passadas no corpo acompanhadas de etapas bastantes especificas, como tomar banho para amaciar a carne. Havia um sentido dúbio de comer entre sexo e antropofagia. A segunda carta oferecia uma prestação de serviço de antropofagia em casa, com etapas de natureza institucionais como, assinatura de documentos,e transações de caracter legal. A terceira carta propunha comer alguém querido como uma proposta de fundir-se ao outro essencialmente, na procura do eu próprio. A quarta carta apresentava uma proposta de um outro eu de si mesmo, como único a eu potencialmente disponível para o ato antropofágico, com perversidade poética e cruel, porem poética no contexto dela. A quinta carta propunha o ato de antropofagia como ritual de purificação de valores adquiridos através de traços de paternidade. Todas as cartas apresentaram estrutura ritualística; Rigor técnico; Etapas distintas; Proposições de incorporação e transcendência. Das cartas extraiu-se a Incorporação e a Transcendência, Traduzidas no corpo em: INCORPORAR PARA TRANSCENDER

............................................

1 - First writting:

As of how the Incorporation and Transcendence became present in the first experiment.


First task: Write a letter to someone exposing the desire to eat him up and describing how you want to do it. 5 letters written, where, one described a day and time that he would come to eat whom he wanted, and description of ingredients to be passed in the body accompanied by very specific steps, such as bathing to soften the meat. There was a dubious sense of eating between sex and cannibalism. The second letter offering a service of cannibalism in the house, with steps of institutional nature such as signing documents, transactions of legal character. The third letter proposing to eat a loved one as a proposal to merge with each other essencially , in the search of oneself. The fourth letter included a proposal for another self of oneself as the only potentially self available for the cannibalistic act with cruel and poetic perversity, although poetic in the context of it. The fifth letter proposing the act of cannibalism as a ritual purification of values acquired through traces of fatherhood. All letters submitted ritualistic structure, technical rigor, distinct steps; Propositions of incorporation and transcendence. From the letters we extracted Incorporation and Transcendence, and translated them in the body as : Incorporating and trancending



















quarta-feira, 20 de março de 2013

Sublimação do açougueiro/Butcher´s catharsis


O açougueiro é aquele que mata, trata, retalha carne/Menu de pensamentos
Interface entre a morte de um e o outro que come/A loucura da razão
Avatar da selvageria performático/alheia/msnskypefacebookmyspace
Sacerdote do sacrifício da carne/Metáfora do tu mata e eu como!
Primitivismo ancestral arquivado/Fruição do consumo renovado
Intermediário/intermédio

....................................

The Butcher is the one who , treats, and slices meat / Menu thoughts
Interface between the death of one and the other eating / The madness of reason
Avatar of savagery performance / alien / msnskypefacebookmyspace
Priest of meat´s sacrifice/Metaphor of the you do kill, I do eat!
Primitive ancestor filed /Fruits of renewed consumption
The one who intermediate/intermediate

sábado, 16 de março de 2013

Digerindo o pensamento defumado ( ou duas verdades por uma mentira verdadeira )
























Para iniciar a dissecação da ação da colonização do pensamento, faz-se aqui necessário e pertinente a análise do que vou chamar aqui de entidade abstrato/concreta do conhecimento que conhecemos simploriamente como VERDADE. Inicio com as definições ordinárias de verdade:
ver.da.de

sf (lat veritate) 1 Aquilo que é ou existe iniludivelmente. 2 Conformidade das coisas com o conceito que a mente forma delas. 3 Concepção clara de uma realidade. 4 Realidade, exatidão. 5 Sinceridade, boa-fé. 6 Princípio certo e verdadeiro; axioma. 7 Juízo ou proposição que não se pode negar racionalmente. 8 Conformidade do que se diz com o que se sente ou se pensa. 9 Máxima, sentença. 10 Cópia ou imitação fiel. 11 Representação fiel de alguma coisa existente na natureza. 12 Caráter próprio. 13 Princípios fundamentais de uma doutrina. Meia verdade: afirmação parcialmente verdadeira ou parcialmente urdida, de modo a iludir pessoas ou escapar a críticas. V. verdade: a verdade primeiro que tudo; diga-se a verdade, salve-se a verdade. Dizer a verdade nua e crua: falar sem ambages, sem disfarce, sem rodeios. Dizer as verdades a alguém: a) expor abertamente o que se sabe ou se julga de alguém; b) criticar sem medo; c) manifestar os defeitos ou as faltas de alguém. Ser a pura verdade: ser a verdade clara e positiva, ser a verdade incontestável. Ser a verdade em pessoa: nunca mentir. Tirar a verdade a limpo: averiguá-la. Valha a verdade: diga-se a verdade. Verdade é que: na realidade.De fato, a palavra verdade pode ter vários significados, desde ser o caso, até estar de acordo com os fatos ou a realidade, ou ainda ser fiel às origens ou a um padrão. Usos mais antigos abarcavam o sentido de fidelidade, constância ou sinceridade em atos, palavras e caráter. Assim, a verdade pode significar o que é real ou possivelmente real dentro de um sistema de valores Esta qualificação implica o imaginário, a realidade e a ficção. Para Nietzsche, por exemplo, a verdade é um ponto de vista. Ele não define ou aceita a definição da verdade, porque não se pode alcançar uma certeza da definição da mesma ( ler A filosofia do Martelo ). Foucault utiliza-se de alguns textos de Nietzsche para diferenciar o saber e o conhecimento. Segundo ele, origem ( que tem relação com uma das definições de verdade ) difere de invenção. É tudo o que foi inventado pelo homem, e tem como objetivo alguma relação de poder. A dominação de uns sobre os outros. Estas invenções incluem o conhecimento, a religião, os ideais, os sistemas, etc. Aquilo que revelar mais nitidamente as relações de poder é o que tende a estar mais próximo da verdade. Na real, a primeira problemática filosófica que nos deparamos é como estabelecer que tipo de coisa é verdadeira ou falsa. Depois há o problema de se explicar o que torna verdadeiro ou falso o portador da verdade ( que cognitivamente se estabelece aqui através do conceito de propriedade ). Há ainda o problema epistemológico ( epistemologia é um ramo da filosofia que trata da origem, estrutura, métodos e validades do conhecimento) do conhecimento da verdade. A verdade de saber que se está com dores de estomago é diferente da verdade de saber que a conta de luz vencida está sobre a mesa. Há ainda a reflexão teórica e epistemológica desenvolvida por Boaventura que se desenvolve nas obras Para uma sociologia das ausencias e sociologia das emergencias; Para além do pensamento abissal; e A crítica da Razão Indolente contra o desperdício da experiencia, que discorre sobre a hegemonia do pensamento ocidental como verdade absoluta e como essa hegemonia tem dissolvido a potencialidade das experiencias atuais. Com base Temporal essa razão/verdade dilui o presente em nome do passado e sobre as especulações do futuro, expande o passado e o futuro comprimindo o presente e relegando-o a uma passividade em ralação a esses dois. Cito um exemplo do próprio Boaventura para melhor entendimento dessa reflexão: Um europeu visita a África e ao ver um colono no campo com enxada na mão, diz que ali há um homem primitivo. Primeiro por estar cultivando a terra com um instrumento tecnologico antiquado,assim relega-o ao passado por achar que em tempos atuais contemporaneo é cultivar com tecnologia moderna e computadorizada, sendo assim julga uma experiencia atual e legítima por um ideal indolente de contemporaneidade do mesmo modo que a desperdiça como experiencia atual. É o que Boaventura chama de Razão Indolente, e se forma de um todo apartir de 4 elementos: A razão Impotente, aquela que não se exerce por que pensa que nada pode fazer contra uma necessidade concebida como exterior a ela própria; A razão arrogante, que não sente necessidade de exercer-se por que se imagina incondicionalmente livre, assim, livre da necessidade de demonstrar sua própria liberdade; A razão metonímica, que se reivindica como única forma de racionalidade, assim, não se aplica a descobrir outras formas de racionalidade, se a faz, é apenas para torna-la em matéria prima; e a razão proléptica,que não pensa no futuro por que julga já sabe-lo e o concebe como uma superação linear e automática do presente.No final me confundo sobre as definicoes de verdade e quase misturo-as com mentiras verdadeiras e proponho um jogo simples pra nao dizer ingenuo:
Qual das alternativas abaixo é verdadeira apenas por exercício da verdade em si?

a) Dança Contemporanea ( )
b) Ballet Clássico ( )
c) Dança da garrafa ( )
d) Dança do patinho ( )
e) Todas as alternativas abaixo ( )
f) Todas as alternativas acima ( )

sexta-feira, 15 de março de 2013

Pessoas

Pessoas feias
Pessoas mortas
Pessoas bonitas
Pessoas mais feias do mundo
Pessoas felizes
Pessoas gordas
Pessoas estranhas
Pessoas tristes

( texto que saltou durante uma pesquiza de uma imagem no google ao introduzir a palavra pessoas...minha curiosidade disparou, mas mais que isso foi o pasmo que me acometeu com a poesia das palavras compostas sem o menor objectivo disso, só como seca análise de possibilidades que existem dentro da palavra pessoa. Me perguntei: é com esta subtileza que nosso pensamento é direccionado -ou direi colonizado?- pelas inúmeras particulas informativas de cada segundo? ...o poster do café onde tomo café da manha, o anuncio que está passando na rádio na sala de espera do aeroporto ,o sorriso do casal no tubo da pasta de dentes sem poder contar mais por ser tanto que se tornaria exaustivo...)


................................................................

Ugly people
Dead people
Beautiful People
Ugliest people in the world
Happy people
Fat people
Strangers
Sad people

(Text that jumped over one research for an image on google by inserting the word people ... my curiosity soared, but more than that was my amazement with the poetry of the composition of words without any purpose to that, just as drought analysis possibilities that exist within the word person. I wondered: is this subtlety with which our thinking is directed, or say colonized? - the numerous particles of information every second? ... the poster of the cafe where I take breakfast, the announcement what's on radio in the airport waiting room, the smile of the couple in the tube of toothpaste , without being able to tell much more on what would become exhausting ...)

inez

domingo, 10 de março de 2013

Como fazer o corpo desaparecer?

As perguntas mais importante da conversa de hoje foram:

 - Como fazer um corpo desaparecer (em cena)?
 - Como e que alguém( intérprete) pode ser o reflexo de um pensamento?

 Falámos sobre o tema canibalismo como uma metáfora antropofágica, de tanto, querer-se apropriar das qualidades de alguém admirado ou amado, como também de querer apagar do mundo o mal acreditado existir dentro de alguém -por exemplo um inimigo- . Fizemos pontes de ideias entre o colonislismo de espaço ( próprio e territorial ) , o colonialismo de um pensamento e/ou de ideias, (de rituais e crenças desacreditadas ou inexistentes na cultura europeia ) , mas principalmente transformámos o tema de político/social, para um nível mais pessoal.
                                       ................................................................

              How to make the body disappear?

The most important questions of today's conversation were:

 - How to make a body disappear (on stage) ?
 - How does someone (performer) become the reflection of a thought?

 We talked about the theme Cannibalism as a metaphor for both , wanting to appropriate the qualities of somebody admired or loved, but also want to erase the evil of the world believed to exist inside of someone, for example, an enemy. We made bridges between the ideas of space colonislism (own land), colonialism of a thought and / or ideas,( rituals and believes that are discredited or non-existing in the Eurpean culture) , but maily we transform the theme from political / social, to a more personal level.

 postado por :   Inez

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Spirit Cooking




Misture leite fresco de peito com leite fresco de esperma e beba em noites de terremoto.

Com uma faca amolada, corte profundamente o dedo médio da mao esquerda. Coma a dor.

Borrife urina da manhã fresca sobre os pesadelos.

Gire até perder a consciencia. Tente comer todas as questoes do dia.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Cronica de uma verdade crua ( ou mata ele que eu quero comer ele assado )


Armin Meiwes, o canibal alemão servindo pena de prisão perpétua por matar e comer um homem que implorou para ser devorado, explica como a carne tinha sabor de carne de porco, e como preparou uma requintada refeição - filé com molho de pimentão verde, croquetes e couve de Bruxelas.

Na sua primeira entrevista para a televisão, que foi ao ar na segunda-feira à noite (15) pelo canal RTL, Meiwes, de 46 anos, parecia relaxado e saudável enquanto falava sobre seu desejo de décadas de consumir outro homem.

O caso veio à tona em dezembro de 2002, e os detalhes escabrosos foram manchetes em todo o mundo. Meiwes filmou a si próprio matando, tirando as vísceras e cortando em pedaços o cadáver do engenheiro de computação Bernd Brandes, de 42 anos, que ele havia conhecido através de mensagens postadas em salas de bate-papo, procurando "homem para massacre"."Sim, gente que não consegue entrar nesta história acha monstruoso. Mas eu sou um ser humano normal em princípio", ele disse a seu entrevistador, Gunter Stampf, que escreveu o livro "Entrevista com um Canibal", baseado em 30 encontros que teve com Meiwes na prisão. As entrevistas foram aprovadas pela corte distrital de Frankfurt que o condenou.

"Eu salguei o filé de Bernd com sal, pimenta, alho e noz-moscada. Comi ele com croquetes "princesa", couve de Bruxelas e molho de pimentão verde" disse Meiwes. A carne era um pouco dura, acrescentou. Ele congelou porções de Brandes, algumas em forma de carne picada, e comeu mais de 20 quilos dela nos meses subseqüentes ao assassinato, ocorrido em março de 2001. Fantasias de toda a vida

Durante seus dois julgamentos, em 2004 e 2006, Meiwes disse que sempre sonhou em ter um irmão mais novo - "alguém para fazer parte de mim" - e ficou fascinado pelo canibalismo como meio de satisfazer esta obsessão. Seus desejos foram alimentados pela internet, onde ele fez contatos com mais ou menos 400 homens interessados em canibalismo.

Ele encontrou o par ideal em Brandes, que tinha obsessão por ser comido. "A primeira mordida foi com certeza única, indefinível, já que eu tinha sonhado com isto durante trinta anos, com esta conexão íntima que se faria perfeita através desta carne", disse Meiwes na entrevista.

"A carne tem sabor de porco, um pouco mais amarga e mais forte. Tem um gosto muito bom", disse ele.

Afirmou também que quando era criança gostava de ouvir sua mãe ler para ele a estória de “João e Maria”, sobre uma bruxa que aprisiona duas crianças e se prepara para comer o menino. "A parte em que João está para ser comido era interessante. Você não imagina quantos ‘Joãos’ estão circulando aí pela internet."

A polícia estima que em torno de 10 mil pessoas, na Alemanha somente, partilham o fascínio de Meiwes pelo canibalismo - seja por comer carne humana ou por ser comido.

Meiwes, cumprindo sua pena em Kassel, na região central da Alemanha, pode se candidatar à liberdade condicional depois de cumprir 15 anos obrigatórios na prisão. Um exame psiquiátrico feito antes do seu julgamento concluiu que ele não é louco, mas tem uma "alma muito perturbada".

"Eu quero ir para a terapia, sei que preciso, e espero que isto aconteça em algum momento", disse Meiwes.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

6 garfadas de Kamper - 6 mouthfuls of Kamper



No mais íntimo da Civilização manifesta-se uma selvageria.

No mais íntimo da razão acontece a loucura.

No mais íntimo da apropriação cultural aparece algo absolutamente estranho.

Os humanos são aparentados corporalmente, não espiritualmente.

Os corpos mortais são lugares e tempos da não-identidade.

A não-identidade tem o caráter do metabolismo.

..................

In the most intimate of civilization manifests a savagery.

In the more intimate of reason insanity happens.

In the most intimate of cultural appropriation appears something quite strange.

Humans are akin bodily, not spiritually.

The mortal bodies are places and times of the non-identity.

The non-identity has the character of the metabolism.

sábado, 19 de janeiro de 2013

Fragmento de Motim contra o Canibalismo da Civilização de Dietmar Kamper - Fragment from Mutiny against the cannibalism of Civilization by Dietmar


Propósito

O tema modelo orienta-se a partir da seguinte história: O Zeus cretense faz motim contra o
canibalismo de seu pai, Kronos, Chronos. Foi somente mais tarde que Kronos foi contaminado com Chronos, ou seja, Saturno, com o tempo, o sucumbir na melancolia com o movimento incansável.
Contra os efeitos dessa contaminação dada à força, que pelos dois lados devora tudo o que é vivo, deixando apenas o vazio, o deus mortal rebela-se primeiramente de modo a deixar o “velho” comendo pedra em lugar de pão e carne e, finalmente, com violência. Nessa insurreição do filho contra o pai canibal, o que se rebela é o viver contra o sobreviver, a mortalidade contra a eternidade. Mas talvez Kronos, um Chronos enganado, não possa ser vencido. Como meios dos deuses olímpicos, astúcia e razão não estão de maneira alguma à altura do canibalismo da Civilização, dentro da qual exercem o mesmo papel. Zeus deve arriscar sua própria mortalidade para escapar da barriga do pai-sistema. A vida, no que diz respeito ao que a torna possível, não é
o vencedor, mas sim um corpo com duração limitada, que há milênios apareceu no Mediterrâneo sob a forma do deus mortal e continua esperando por realização.



Dietmar Kamper
foi sociólogo, teórico da Comunicação e criador da Antropologia Histórica.


................................


Purpose

The topic model is oriented from the following story: The Cretan Zeus does mutiny against the cannibalism of his father, Kronos, Chronos.It was only later that Kronos was contaminated with Chronos, or Saturn, with time, succumbing to melancholy in restless motion. Against the effects of such contamination given by force , with both sides devouring everything that is alive, leaving only the emptiness, the mortal god rebels first in order to leave the "old" eating stone instead of bread and meat and finally, with violence. In this uprising of son against father cannibal, what is rebelling is the living agains the surviving, the mortality against eternity. But maybe Kronos, a mistaken Chronos, can not be beaten.,.... As a means of Olympian gods, cunning and reason are not in any way at the level of the cannibalism of Civilization, in which they perform the same role. Zeus must risk his own death to escape the belly of the father-system. Life, with regard to what makes it possible, is not the winner, body of limited duration, which appeared in the Mediterranean for millennia in the form of a mortal god and still waiting for fulfillment.

Dietmar Kamper was a sociologist, theorist Communication and the creator of Historical Anthropology.